
A organização civil Tojil entrou com um pedido formal chamado amicus curiae ao juiz federal da Prisão do Norte, José Artemio Zúñiga Mendoza, para rejeitar qualquer acordo reparatório ou critério de oportunidade que permitisse ao ex-diretor da Pemex, Emilio Lozoya, evitar um julgamento nos casos da Odebrecht e Agronitrogens.
Em comunicado, Tojil destacou que qualquer acordo reparatório ou critério de oportunidade envolvendo Emilio Lozoya viola a lei, uma vez que se trata de um caso de interesse público relacionado a um caso de corrupção, além do fato de que o crime de lavagem de dinheiro não permite acordos reparatórios.
No texto, a organização especializada em questões de combate à corrupção afirmou que soube do acordo entre Lozoya e Pemex pela mídia, pelo qual acusou a Procuradoria-Geral da República (FGR) de buscar acordos ilegais com Emilio Lozoya, com o objetivo de “exonerá-lo de casos de corrupção e lavagem de dinheiro em assuntos relacionados à usina Agronitrogenados e Odebrecht”.
Em relação à determinação de Emilio Lozoya em reparar os danos causados ao tesouro causados pela compra superfaturada da usina Agronitrogenados, pela qual é acusado de lavagem de dinheiro, Tojil garantiu que, de acordo com o quadro criminal, o acordo criminal não é apropriado para isso ofensa.
Eles explicaram que a lei prevê esse tipo de “perdão” apenas para crimes seguidos de denúncia, por crimes ilícitos culpados (não intencionais) ou por delito de propriedade (como roubo ou fraude), portanto, na opinião dos advogados de Tojil, o caso de Emilio Lozoya não se enquadra em nenhum desses casos.
No que diz respeito ao caso Odebrecht, no qual o governo acusa Lozoya Austin de aceitar propina da construtora brasileira, Tojil garantiu que o acordo reparatório econômico e o critério de oportunidade não são adequados por terem denunciado outros, aparentemente mais graves crimes.
“Se o critério de oportunidade ou o acordo reparatório fossem aprovados, estaríamos agindo de forma irregular com o único propósito de favorecer Emilio Lozoya em um dos mais graves escândalos de corrupção da América Latina”, alertou Tojil.
Tojil ressaltou que o artigo 256 do Código Nacional de Processo Penal proíbe expressamente a aplicação do critério de oportunidade a casos que “afetem gravemente o interesse público” como o caso Odebrecht.
“É evidente, uma vez que se trata de um caso de corrupção grave, em que o acusado é um ex-funcionário público de alto escalão (...), bem como um dos óbvios beneficiários de atos graves de corrupção, invariavelmente se depara com um caso de interesse público, daí a exceção prevista no artigo 256, no qual está expressamente previsto que os critérios de oportunidade não sejam adequados em casos de interesse público”, disse.
No comunicado, Tojil destacou que este tipo de negociação está a decorrer no que considera ser um contexto de possível corrupção e má gestão dentro da Procuradoria-Geral da República (FGR), o que levanta mais dúvidas sobre os procedimentos que estão a ser realizados.
É por isso que ele acusou o promotor Alejandro Gertz Manero de usar a instituição para resolver questões pessoais, como a ação judicial que estava mantendo contra Alejandra Cuevas e sua mãe, Laura Morán.
“Diante disso, o judiciário é um elemento-chave para colocar um freio à acusação e rejeitar o acordo alcançado com Lozoya, o que o obrigaria a ir a um julgamento público em que os fatos são esclarecidos e, quando apropriado, responder pelos graves atos de corrupção de que é acusado”, disse.
Tojil acusou a FGR de se envolver em um caso de obstrução da justiça e encorajar a impunidade sistemática no país.
“Diante da óbvia corrupção e abuso de poder que permeia a FGR, pedimos ao juiz Artemio Zúñiga que defenda as vítimas da corrupção e não aceite o acordo alcançado pela FGR e Lozoya”, concluiu Tojil em seu comunicado.
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