
Por meio de uma carta, o governo espanhol respondeu ao pedido de quatro membros da Academia de História de Quindío sobre a devolução do tesouro Quimbaya. A carta enfatiza que esta peça não será devolvida por ser considerada um bem de interesse cultural, o que, explica essa administração, impede que ela seja alienada ou exportada. A compilação consiste em 11 contas de colar, seis capacetes, nove alfinetes de colar, uma coroa, oito alfinetes, três recipientes, cinco sinos, 17 poporos, oito pingentes, dois instrumentos musicais, 21 narizes e 31 protetores de ouvido.
Com a resposta negativa, todos os objetos permanecerão no lugar, ou seja, no Museu da América de Madri. “É conveniente recordar a boa-fé demonstrada pela Espanha na posse e preservação da coleção, bem como a coleção pertencente às coleções do Museu da América e seu status como Propriedade de Interesse Cultural, o que impede que ela seja alienada ou exportada” revela a carta enviada por Oscar López Águeda, diretor do gabinete da presidência do governo espanhol. O documento foi endereçado à Academia de História de Quindio.
A resposta, embora negativa, não desencoraja os candidatos em sua totalidade, pelo contrário, leva a que novas medidas sejam tomadas para tentar recuperar as peças. “Que eles nos devolvam todas as 122 peças em réplica de ouro, algumas réplicas que podemos exibir aqui”, propôs Jaime Lopera.
“Resumindo, diz que a coleção Quimbaya não é exportada nem alienada. Em outras palavras, com isso ele simplesmente e simplesmente bate a porta às reivindicações dos colombianos”, explicou Lopera Gutiérrez.
“Um pedido que foi repetido em 1992 pelo prefeito da Armênia, César Hoyos Salazar, por ocasião do quinto centenário da celebração da descoberta da América (...) O governo espanhol chefiado por Felipe González e o rei Juan Carlos nunca respondeu a esse pedido ao prefeito da Armênia”, explicou Miguel Ángel Rojas Arias, ex-diretor da Corporação de Desenvolvimento e Turismo do Prefeito Armênio.
Deve-se lembrar que em 2017 foi realizada a decisão do Tribunal Constitucional sobre a obrigação de devolver o tesouro à Colômbia. Naqueles dias, em depoimentos coletados pela Caracol Radio, essa ordem foi descrita como uma grande conquista. “Essa é uma batalha que estamos vencendo passo a passo, esperamos ver como o governo enfrentará a decisão de trazer o tesouro de Quimbaya de volta à Colômbia (...) Esta é a prova de que a justiça escuta os cidadãos. Qualificamos isso como a batalha que a formiga venceu contra o elefante”, disse Lopera.
O pedido de devolução, segundo explicam os especialistas, é feito porque é considerado um presente ilegal do governo colombiano à coroa espanhola feito no final do século XIX. De acordo com o que Lopera explicou à Blu Radio, as peças valiosas foram compradas pelo governo do presidente Carlos Holguín Mallarino como parte de um presente que mais tarde seria enviado para a Espanha. Eles foram inicialmente comprados em uma loja de antiguidades localizada perto do Palácio de Nariño. Naquela época, eles custavam 50.000 pesos.
“O tesouro foi enviado porque estava próximo, em uma loja de antiguidades que foi deixada pelo Palácio de Nariño. As peças Quindío chegaram e as compraram por US $50.000 do tempo e, foi isso que enviaram (...) acabou sendo uma das mais “coleções importantes da exposição do Museu da América de Madri”.
“Algumas peças estão em exibição e outras as esconderam. Porque eles os consideram seus, porque o que é dado não é tirado (...) O governo colombiano tem todas as opções para recuperá-lo, mas não o fez, porque não prejudica as relações internacionais com a Espanha. Eles não se atrevem a ir mais longe, em parte, por causa do que acontece com o galeão de San José”, acrescentou Lopera.
O especialista explicou que, embora o governo colombiano tenha em suas mãos todos os recursos para recuperar as peças, não o fez para evitar prejudicar suas prioridades com o país europeu. “Algumas peças estão em exibição e outras as esconderam. Porque consideram (os espanhóis) que são seus, porque o que é dado não é tirado”, argumentou.
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