
No sábado, 26 de março, Federico Gutiérrez anunciou ao país, o nome de sua fórmula para a vice-presidência: Rodrigo Lara Sánchez. Filho do falecido ministro da Justiça, Rodrigo Lara Bonilla, que junto com Luis Carlos Galán formou uma das sociedades mais formidáveis que a política colombiana já teve em toda a sua história, famosa por sua luta frontal contra Pablo Escobar e o narcotráfico que tomou conta do país naquele momento tempo.
Médica de profissão, Lara Sánchez iniciou sua atividade política ao lado de Antanas Mockus, no departamento de Huila. Depois de ser vereador de Neiva nos anos 2000, ganhou, em 2016, o gabinete do prefeito da cidade.
O anúncio feito pelo “Fico” causou espanto e abalou o ambiente político, porque Lara Sánchez havia feito campanha pelo Novo Liberalismo e há um mês deu apoio a Sergio Fajardo. “Há 15 anos conheci Sergio Fajardo quando ele havia sido prefeito de Medellín e reconhecido pela Colômbia Líder como o melhor prefeito da Colômbia. Então ele foi o melhor governador do país. Nunca vi um ato de corrupção em sua vida política, e acredito fortemente em sua capacidade de governar”, havia postado Lara em suas redes sociais em 7 de fevereiro.
Por sua vez, Sergio Fajardo, depois de vencer a consulta na Coalizão Centro Esperanza, disse absolutamente que não iria endossar Federico Gutiérrez, apontando categoricamente que as ideias apresentadas por “Fico” Gutiérrez eram contrárias à sua maneira de ver a liderança do país. Em meados de março, ele fechou completamente a porta para um possível acordo com Gutierrez. “Hoje foi confirmado pela renúncia de Óscar Iván Zuluaga que Federico Gutiérrez é o candidato do Uribismo, é candidato de Duque, é continuidade e é precisamente uma das forças que não podem continuar no país”. Ele escreveu em sua conta no Twitter.
A partir daí, Sergio Fajardo se referiu a Federico Gutiérrez como parte da continuidade do atual governo e não propondo nenhuma mudança para o país. Por esse motivo, foi experimentado, com surpresa e alguma confusão, que Lara Sánchez, reconhecida aliada dos toldos verdes do departamento de Huila, acabou aceitando ser a fórmula para a vice-presidência de Gutiérrez.
Lara Sánchez, uma fórmula vice-presidencial que traz surpresas
Com a seleção de Rodrigo Lara Sánchez, Federico Gutiérrez pretende alcançar um movimento político com grande cálculo; primeiro, ele procura enviar uma mensagem de unidade e coesão às forças mais fortes e tradicionalistas dos verdes que identificam Lara Sánchez de seu trabalho, anos atrás com Antanas Mockus, como bem como ele procura comparecer perante o público de opinião como ele não é o candidato da ala direita e do uribismo, mas sim de um candidato com um perfil mais moderado e “centro”. Buscando gerar simpatia dentro dos amplos setores de eleitores indecisos, que não veem com confiança as propostas do Uribismo e do Pacto Histórico.
Da mesma forma, dada a perspectiva atual das fórmulas vice-presidenciais de Sergio Fajardo e Gustavo Petro, que escolheram duas fórmulas para a vice-presidência, que não são apenas membros da comunidade afro-colombiana, mas têm uma influência muito forte em suas regiões de origem, Gutiérrez busca atrair os setores de “Tolima Grande” com Lara Sánchez, desde que passou toda a sua vida política nos departamentos de Huila e Tolima. E outra das suposições feitas desde a campanha “Fico” é que, com essa indicação, tentará atrair setores do Partido Liberal e do Novo Liberalismo, que estiveram próximos da administração de Lara Sánchez.
Mas, é essencial ter em mente que, além do movimento inesperado e surpreendente de “Fico”, a eleição de Lara Sánchez também gera suspeitas. É possível que este compromisso de Gutiérrez também pretenda estabelecer possíveis pontes entre Federico Gutiérrez e Fajardo para uma eventual aliança com vista a um possível segundo turno nas eleições de maio?
*Cientista político especializado em Gestão Pública
Mg. Em estudos políticos e internacionais
Professor universitário e analista
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